segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Música agindo a partir do lúdico, é um recurso de ensino aprendizagem

LÚDICO E MUSICALIZAÇÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL
A IMPORTÂNCIA DA MUSICALIZAÇÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Resumo
O presente trabalho, lúdico e musicalização na educação infantil, têm como objetivo evidenciar a musicalização como uma estratégia pedagógica que, agindo a partir do lúdico, contribui significativamente no processo de desenvolvimento das crianças. Através de pesquisas realizadas, comprovar a contribuição da musicalização para a compreensão do processo ensino-aprendizagem na alfabetização e no equilíbrio psicossomático a partir das contribuições das Neurociências. Os avanços científicos parecem indicar a importância da musicalização para facilitar o relaxamento, a atenção e o ritmo. Cabe à escola proporcionar um ambiente para que esse desenvolvimento seja o mais pleno possível.


Palavras-chave: Desenvolvimento; Musicalização; Neurociências.



1 INTRODUÇÃO

Depois de vários anos, a música volta a ser conteúdo obrigatório nas escolas de ensino fundamental e médio, com a aprovação da Lei no 11.769/2008. Essa aprovação, obviamente, não encerrou as discussões e ações que a área de educação musical vem empreendendo ao longo das últimas décadas. De acordo com o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (1998) ressalta a importância de se trabalhar na educação infantil, com atividades que envolvam música, por ser este um excelente meio para o desenvolvimento da expressão, do equilíbrio e da autoestima das crianças.


Ouvir música, aprender uma canção, brincar de roda, realizar brinquedos rítmicos, jogos de mão, são atividades que despertam, estimulam e desenvolvem o gosto pela atividade musical, além de atenderem às necessidades de expressão que passam pela esfera afetiva, estética e cognitiva (BRASIL, 1998).




A musicalização se constitui uma forma abrangente de educação, através de um processo pedagógico participativo que procura uma motivação diferente do ensinar, em que é possível favorecer a autoestima, a socialização e o desenvolvimento do gosto e do senso musical das crianças dessa fase.

As atividades musicais realizadas na escola não visam à formação de músicos, e sim, através da vivência e compreensão da linguagem musical, propiciar a abertura de canais sensoriais, facilitando a expressão de emoções, ampliando a cultura geral e contribuindo para a formação integral do ser. Propiciar a criança um aprendizado de uma forma que seja natural, através da alegria e não com algo que deixará a criança sem vontade de fazer o que lhe é proposto.

2  O QUE É MÚSICA?

São várias definições. Muitos estudiosos afirmam que a música é uma linguagem universal que sofre variações de cultura para cultura. Jeandot (1993) nos conta que Pitágoras desenvolveu uma teoria, partindo da ideia de que cada planeta, ao se movimentar, emite um determinado som. Cada som corresponde a uma nota musical e todas as notas juntas formam uma escala musical e refletem a ordem do universo.

Atualmente existem diversas definições para música, tais como: “a arte e ciência de combinar sons” ou “música não é uma técnica de compor sons (e silêncio), mas um meio de refletir e de abrir a cabeça do ouvinte para o mundo”, ou ainda, “música não é melodia, ritmo ou harmonia, ainda que esses elementos estejam muito presentes na produção musical”.

De acordo com Weigel a música é composta basicamente por;

Som: são as vibrações audíveis e regulares de corpos elásticos, que se repetem com a mesma velocidade, como as do pêndulo do relógio. As vibrações irregulares são denominadas ruído. Ritmo: é o efeito que se origina da duração de diferentes sons, longos ou curtos. Melodia: é a sucessão rítmica e bem ordenada dos sons. Harmonia: é a combinação simultânea, melódica e harmoniosa dos sons (Weigel 1988, p. 36).


3 O QUE É MUSICALIZAÇÃO?

Para Bréscia (2003) a musicalização é um processo de construção do conhecimento, que tem como objetivo despertar e desenvolver o gosto musical, favorecendo o desenvolvimento da sensibilidade, criatividade, senso rítmico, do prazer de ouvir música, da imaginação, memória, concentração, atenção, autodisciplina, do respeito ao próximo, da socialização e afetividade, também contribuindo para uma efetiva consciência corporal e de movimentação.

As atividades de musicalização permitem que a criança conheça melhor a si mesma, desenvolvendo sua noção de esquema corporal, e também permitem a comunicação com o outro. Weigel (1988) e Barreto (2000) afirmam que atividades podem contribuir de maneira indelével como reforço no desenvolvimento cognitivo/ linguístico, psicomotor e sócio afetivo da criança.

É importante salientar a importância de se desenvolver a escuta sensível e ativa nas crianças. Mársico (1982) comenta que nos dias atuais as possibilidades de desenvolvimento auditivo se tornam cada vez mais reduzida, as principais causas são o predomínio dos estímulos visuais sobre os auditivos e o excesso de ruídos com que estamos habituados a conviver. Por isso, é fundamental fazer uso de atividades de musicalização que explorem o universo sonoro, levando as crianças a ouvir com atenção, analisando, comparando os sons e buscando identificar as diferentes fontes sonoras. Isso irá desenvolver sua capacidade auditiva, exercitar a atenção, concentração e a capacidade de análise e seleção de sons.

As atividades de exploração sonora devem partir do ambiente familiar da criança, passando depois para ambientes diferentes. Por exemplo, o educador pode pedir para que as crianças fiquem em silêncio e observem os sons ao seu redor, depois elas podem descrever, desenhar ou imitar o que ouviram. Também podem fazer um passeio pelo pátio da escola para descobrir novos sons, ou aproveitar um passeio fora da escola e descobrir sons característicos de cada lugar.

Posteriormente o educador pode trabalhar os atributos do som, tais como a altura (agudo, médio, grave), intensidade (forte, fraco), duração (longo, curto), timbre (é a característica de cada som, o que nos faz diferenciar as vozes e os instrumentos).

Os atributos do som podem ser trabalhados por meio de comparação, diferenciando um som agudo de um grave, forte de um fraco, ou longo de um curto. Mas é mais interessante o uso de jogos musicais, como por exemplo, o jogo do grave e agudo (baseado no morto vivo, só que usa um som agudo para ficar em pé e um grave para abaixar, o som pode ser produzido por um instrumento, por apitos com alturas diferentes ou pela voz). O jogo de esconde-esconde onde as crianças escolhem um objeto a ser escondido, e uma delas se retiram da classe enquanto as outras escondem o objeto. A criança que saiu retorna para procurar o objeto e as outras devem ajudá-la a encontrar produzindo sons com maior intensidade quando estiver perto, e menor intensidade quando estiver longe. O som poderá ser produzido com a boca, palmas, ou da forma que acharem melhor. Essa brincadeira leva a criança a controlar a intensidade sonora e desenvolve a noção de espaço.

Através das atividades de musicalização, o educador pode perceber quais os pontos fortes e fracos das crianças, principalmente quanto à capacidade de memória auditiva, observação, discriminação e reconhecimento dos sons, podendo assim vir a trabalhar melhor o que está defasado. Bréscia (2003) ressalta que os jogos musicais podem ser de três tipos, correspondentes às fases do desenvolvimento infantil:

Sensório-Motor (até os dois anos): São atividades que relacionam o som e o gesto. A criança pode fazer gestos para produzir sons e expressar-se corporalmente para representar o que ouve ou canta. Favorecem o desenvolvimento da motricidade.

Simbólico (a partir dos dois anos): Aqui se busca representar o significado da música, o sentimento, a expressão. O som tem função de ilustração, de sonoplastia. Contribuem para o desenvolvimento da linguagem.

Analítico ou de Regras (a partir dos quatro anos): São jogos que envolvem a estrutura da música, onde são necessárias a socialização e organização. Ela precisa escutar a si mesma e aos outros, esperando sua vez de cantar ou tocar. Ajudam no desenvolvimento do sentido de organização e disciplina.


4 O FUNCIONAMENTO DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL NA MUSICALIZAÇÃO

Há muito vem se estudando a relação entre música e saúde, conforme Bréscia (2003, p. 41): “A investigação científica dos aspectos e processos psicológicos ligados à música é tão antiga quanto às origens da psicologia como ciência”. A autora cita ainda os benefícios do uso da música em diversos ambientes como hospitais, empresas e escolas.

Cérebro é um órgão do sistema nervoso dos animais mais evoluídos. No caso dos vertebrados está abrigado na caixa craneana, junto aos outros órgãos que constituem o “encéfalo”.

A encefalização caracteriza a evolução do cérebro dos grandes vertebrados, compreendida como o desenvolvimento da primeira protuberância da medula espinhal, o pros encéfalo para criar os hemisférios cerebrais. O córtex foi colonizado pela visão, pela audição, pelo controle motor e outras atividades do córtex inferior (FONSECA, 1998). Assim, a mudança de um sistema nervoso de conexões fixas, construídas de acordo com o modelo genético, para o sistema nervoso moldado pela experiência (plasticidade), fez com que o cérebro humano fosse maior que a formação de alguns milhões de células.

Os genes podem especificar apenas grosso modo onde qualquer bloco de células deve ser posicionado. A interconexão delas deve ser realizada pela educação (por tentativa e erro, resolução de problemas, etc.). Ao nascer o bebê está praticamente sem conexões no córtex, o seu cérebro superior é como uma massa de células desconexas (LAMBERT, 1992). O cérebro inferior está bem desenvolvido, produzindo uma variedade de comportamentos instintivos, tais como: mamar, chorar, recuar e até seguir objetos com os olhos. O cérebro superior está quase vazio de memórias, com as quais irá tornar o mundo compreensível, mas “os neurônios corticais entram numa fase de crescimento exuberante, fazendo brotar uma profusão de dendritos e axônios (McCRONE, 2002, 32)”. Assim, nos primeiros anos de vida, o cérebro de um bebê está formando quase 2 milhões de novas conexões sinápticas a cada segundo. Mas, é um crescimento aleatório, as conexões são vacilantes, são imaturas, não têm bainha de substâncias brancas para fazer o isolamento (mielina) e em vez de emitir sinais nervosos velozmente, arrastam-se lentamente. Daí a importância de uma estimulação psicomotora precoce nas creches.

Aos seis meses, o cérebro do bebê criou quase dobrou em conexões de que precisa. Então, as sinapses competem entre si, para descobrir qual está mais bem posicionada para a tarefa de processar informações sobre o mundo. Assim, as sinapses prontas para utilização, sobreviverão, enquanto que as outras morrerão e assim as conexões neurais começam a desaparecer e a partir dessa seleção há a organização do conjunto funcional final. Por isto, ao acompanharmos a evolução cerebral percebemos que o sistema nervoso da criança não está completo, mas à medida que os centros nervosos evoluem, os centros de aprendizagem o acompanham, pois são influenciados por estímulos vindos de todos os outros centros nervosos das sensibilidades. Isto indica que os outros centros nervosos conscientes comunicam-se com os centros responsáveis pela aprendizagem (DAMÁSIO, 2000 e GAZZANIGA, 2000). Tudo o que é aprendido, é guardado em outros centros, responsáveis pelos diferentes tipos de memória (auditiva, cinestésica, etc).

O processo de tornar-se consciente de algo é complexo e função de vários fatores que interagem simultaneamente, como atenção, percepção, emoção (LIMA, 2001). Pesquisas com novas tecnologias de imagem demonstram que a consciência tem seu equivalente orgânico na formação de uma saliência no cérebro, provocada pela elaboração consistente de uma rede neural, que se constitui em função do tempo e forma de exposição do indivíduo a determinado conteúdo. Portanto, a aprendizagem processando-se durante toda a vida, em um ritmo individual, que aliado ao seu esquema próprio de ação irá constituir sua individualidade. A aprendizagem possui fundo genético, mas depende de vários fatores, dentre os quais: esquemas de ação inatos, estágio de maturidade de seu sistema nervoso, seu tipo psicológico constitucional (introvertido ou extrovertido), seu grau de desenvolvimento, seu esforço e interesse e ativação bioquímica.

Para que haja a aprendizagem, é necessário o estabelecimento de uma conexão entre estímulos ou situação e respostas, da qual resulta a percepção, que pode ser proporcionada pela musicalização facilitando assim, o processo de alfabetização. Há assim, melhoria da capacidade seletiva da atenção, ou seja, a concentração em estímulos sensoriais relevantes, eliminando ou inibindo os irrelevantes. Portanto, existe a possibilidade do cérebro humano de aprender, ao eliminar as associações ou vias neurológicas inúteis (FONSECA, 1998).

Assim, é de fundamental importância o conhecimento da evolução e da cognição para melhor mediar o conhecimento dos educandos ao invés de dar-lhes diagnósticos precoces e rótulos que poderão marcá-los negativamente pelo resto de suas vidas, excluindo-os e impedindo-os de desenvolver suas potencialidades. Afinal, o cérebro não é só o órgão onde ficam gravadas as experiências afetivas dos indivíduos e as aprendizagens, mas também é o órgão que controla várias funções somáticas, contendo o sistema límbico, que através da musicalização pode organizar melhor as emoções (LIMA, 2001), pois para “relembrar” ele leva em conta a biografia.

Portanto, o conteúdo estiver ligado a algum evento da vida do indivíduo, para que este venha a recorda-lo (DAMÁSIO, 2000). Por isto a musicalização deve fazer parte do cotidiano dos educandos e não se deve negar a eles este processo facilitador da alfabetização, da aprendizagem e das emoções.


4.1 OS BLOCOS FUNCIONAIS PRECONIZADOS POR LURIA E A MUSICALIZAÇÃO

Durante a ontogênese, a evolução do cérebro envolve uma evolução que vai do menos organizado (medula) ao mais organizado (córtex). Este desenvolvimento vai se organizando pela vida afora, pressupondo uma organização vertical ascendente. A organização funcional do cérebro, e o resultado da interação de três blocos funcionais, dos quais dependem as funções que organizam o trabalho do cérebro, implicado em todas as formas complexas de comportamento. As formas complexas do comportamento têm origem social. Luria, apud Fonseca (1998) caracteriza assim os três blocos funcionais:

1º Bloco de Luria
2º Bloco de Luria



  3° Bloco de Luria

      FIGURA 1 – OS 3 BLOCOS DE LURIA
      FONTE: Fonseca (1998)

1 º Bloco: regula o nível de energia do córtex, garantindo a base para a organização, principalmente da memória. Localiza-se no tronco cerebral, principalmente na formação reticulada, e pertencem-lhe as funções de seleção, discriminação, atenção e vigília.

2 º Bloco: compreende a análise, a codificação e o armazenamento de informação. Localiza-se nas zonas posteriores do córtex, nos lóbulos occipital, temporal e parietal e pertencem-lhe funções específicas e hierarquizadas em zonas primárias, secundárias e terciárias: a organização intra e interneurossensorial e integrada dos analisadores visuais, auditivos e tátil-cinestésicos.

3 º Bloco: envolve a formação, a programação, a regulação e a verificação de condutas. Localiza-se na zona anterior do córtex, isto é, nos lóbulos frontais, e pertencem-lhe funções de planificação e execução das praxia, relacionadas com as funções de tronco cerebral, principalmente, a atenção e a concentração.   

Fonseca (1998) construiu uma bateria psicomotora para avaliar a retrogênese, subdividindo-a em sete fatores, segundo o modelo de Luria:

TABELA 1 – OS SETE FATORES DA BATERIA PSICOMOTORA.

Modelo de Luria

Fatores psicomotores da bateria psicomotora

1 º Bloco
Tonicidade (T)
Equilibração (E)
2 º Bloco
Lateralização (L)
Noção do Corpo (NC)
Estruturação Espaço-Temporal (EET)
3 º Bloco
Praxia Global (PG)
Praxia Fina (PF)
 



FONTE: Adaptado de: Fonseca (1998, p. 305)
               
FIGURA 3 – FATORES PSICOMOTORES E SUA LOCALIZAÇÃO E A ORGANIZAÇÃO PSICOMOTORA
FONTE: Fonseca (1998)


A organização psicomotora evolui do 1 º ao 3 º bloco, isto é, da Tonicidade a Praxia Fina, sendo que cada fator antecede o fator seguinte (ontogênese). Ao que tudo indica, a musicalização atua sobre o 1° e o 2° bloco de Luria, responsáveis diretamente pela a atenção e vigília (1º bloco) e a consciência corporal e a estruturação espaço-temporal (2° bloco), sendo que a bateria psicomotora desenvolvida e validada por Fonseca (1995) constitui-se em um instrumento cientificamente operacional para mensurar sua influência no âmbito escolar.

Para Bréscia (2003), (...) o aprendizado de música, além de favorecer o desenvolvimento afetivo da criança, amplia a atividade cerebral, melhora o desempenho escolar dos alunos e contribui para integrar socialmente o indivíduo.


5 CONCLUSÃO

Evidenciou-se através deste estudo, que a música é uma atividade lúdica muito comum na infância, desde quando a criança nasce, entra imediatamente em contato com o universo sonoro que a cerca. Mesmo antes de nascer, ainda no útero da mãe, a criança já toma contato com um dos elementos fundamentais da música, o ritmo, através da pulsação do coração de sua mãe. Dessa forma, a musicalidade está sendo construída na criança.

De acordo com esta perspectiva, a música é concebida como um universo que conjuga expressão de sentimentos, ideias, valores culturais e facilita a comunicação do indivíduo consigo mesmo e com o meio em que vive. Ao atender diferentes aspectos do desenvolvimento humano: físico, mental, social, emocional e espiritual, a música pode ser considerada um agente facilitador do processo educacional. Nesse sentido faz-se necessária a sensibilização dos educadores para despertar a conscientização quanto às possibilidades da música para favorecer o bem-estar e o crescimento das potencialidades dos alunos, pois ela fala diretamente ao corpo, à mente e às emoções.

Assim sendo, a musicalização tão importante, a fim de ajudar o desenvolvimento infantil e reduzir o índice de estresse dos educandos, facilitando o processo que conduz ao autoconhecimento e melhor utilização do potencial individual para ser e estar melhor em domínios tais como: a independência, a liberdade de mudança, a adaptabilidade, o equilíbrio, a integração e melhor rendimento em sala de aula. Ela contém um elemento de prazer; e segundo as neurociências, o que é acompanhado de prazer parece ficar gravado mais profundamente no espírito. Assim, considerando que a musicalização parece reduzir o nível estresse da vida diária, favorecendo o equilíbrio psicossomático, a atenção e o ajuste do tônus, ousamos sugerir que a Academia propicie um maior embasamento científico sobre sua influência no âmago do ser humano, durante a formação dos educadores, em todas as licenciaturas, como um meio e jamais como um fim em si mesmo.
As atividades de musicalização também favorecem a inclusão de crianças com necessidades especiais. Pelo seu caráter lúdico e de livre expressão, não apresentam pressões nem cobranças de resultados, são uma forma de aliviar e relaxar a criança, auxiliando na desinibição, contribuindo para o envolvimento social, despertando noções de respeito e consideração pelo outro, e abrindo espaço para outras aprendizagens.


6 REFERÊNCIAS

BARRETO, S. J. SILVA, C. A. Contato: Sentir os sentidos e a alma: saúde e lazer para o dia a dia. Blumenau: Acadêmica, 2004.

BRASIL, Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. v 3. Conhecimento de Mundo. Brasília: MEC/SEF, 1998.

BRÉSCIA, V. P. Educação Musical: bases psicológicas e ação preventiva. São Paulo: Átomo, 2003.

DAMÁSIO, A. O mistério da Consciência. São Paulo: Companhia das Letras, 2000.

FONSECA, V. Psicomotricidade: Filogênese, Ontogênese e Retrogênese. 2.ed. revista e aumentada. Porto Alegre: Artes Médicas, 1998.

_____________. Modificabilidade Cognitiva - Abordagem Neuropsicológica da Aprendizagem Humana. São Paulo: Salesiana, 2002.

GAZZANIGA, M. S. O Passado da Mente – Como o cérebro constrói a experiência. Lisboa: Instituto Piaget, 2000.

JEANDOT, N. Explorando o universo da música. 2. Ed. São Paulo: FDE, n.10, 1992.

LAMBERT, M. Como funciona o corpo humano – O cérebro e o sistema nervoso. São Paulo: Maltese, 1992.

LIMA, E. S. Desenvolvimento e Aprendizagem na Escola – Aspectos culturais, neurológicos e psicológicos. São Paulo: Sobradinho, 2001.

McCRONE, J. Como o cérebro funciona. São Paulo: Publifolha, 2002.

WEIGEL, A. M. G. Brincando de Música: Experiências com Sons, Ritmos, Música e Movimentos na Pré-Escola. Porto Alegre: Kuarup, 1988.

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